Beneficiários do Bolsa Família terão gratuitos 40 medicamentos do Farmácia Popular

Os beneficiários do programa Bolsa Família poderão retirar, de maneira gratuita, os 40 medicamentos que já constam na lista do Farmácia Popular. A medida faz parte da reformulação do novo programa Farmácia Popular, que será lançado nesta quarta-feira (7), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Recife, Pernambuco.

De acordo com o governo federal, não será necessário fazer um novo cadastro para retirar os medicamentos gratuitamente. O próprio sistema do Farmácia Popular fará a identificação do usuário.

Pelas regras anteriores, os medicamentos disponíveis no programa eram divididos da seguinte forma: parte da lista era distribuída de forma gratuita, mas outra parte tinha um desconto de 90% em comparação aos preços comercializados nas farmácias. 

Agora, a gratuidade para beneficiários do Bolsa Família será estendida para:

quatro anticoncepcionais;
dois tipos de tratamento para Doença de Parkinson;
três apresentações da sinvastatina, usada no controle do colesterol;
três alternativas para controle da rinite e;
fraldas geriátricas.

A gratuidade será mantida, também, para medicações relacionadas ao controle da asma, da diabetes e da hipertensão.

Confira a lista completa de remédios disponíveis pelo Farmácia Popular

Asma: brometo de ipratrópio (0,02 mg e 0,25 mg); dipropionato de beclometasona (50 mcg, 200 mcg e 250 mcg); sulfato de salbutamol (100 mcg e 5 mg).
Diabetes: cloridrato de metformina (500 mg, com e sem ação prolongada, e 850 mg); glibenclamida (5 mg); insulina humana regular (100 ui/ml); insulina humana (100 ui/ml).
Hipertensão: atenolol (25 mg); besilato de anlodipino (5 mg); captopril (25 mg); cloridrato de propranolol (40 mg); hidroclorotiazida (25mg); losartana potássica (50 mg); maleato de enalapril (10 mg); espironolactona (25 mg); furosemida (40 mg); succinato de metoprolol (25 ml).

Com coparticipação (e, agora, também gratuitos para quem recebe Bolsa Família)

Anticoncepcionais: acetato de medroxiprogesterona (150 mg); etinilestradiol (0,03mg) + levonorgestrel (0,15 mg); noretisterona (0,35 mg); valerato de estradiol (5 mg) + enantato de noretisterona (50 mg)
Dislipidemia (colesterol alto): sinvastatina (10 mg, 20 mg e 40 mg)
Doença de Parkinson: carbidopa (25 mg) + levodopa (250 mg); cloridrato de benserazida (25 mg) + levodopa (100 mg)
Glaucoma: maleato de timolol (2,5 mg e 5 mg)
Incontinência: fralda geriátrica
Osteoporose: alendronato de sódio (70 mg)
Rinite: budesonida (32 mg e 50 mg); dipropionato de beclometasona (50 mcg/dose)
Diabetes tipo 2 + doença cardiovascular (> 65 anos): dapagliflozina (10 mg).

O Farmácia Popular 

O programa foi criado originalmente em 2004, ainda no primeiro mandato de Lula na presidência, mas foi desmontado pelas gestões de Michel Temer (MDB-SP). Após o golpe contra Dilma, as farmácias próprias da rede foram fechadas, e em 2017 e o ritmo de inclusão de novas unidades privadas foi mínimo. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),  chegou a cortar 59%  da verba do Farmácia Popular, no ano passado.  

O Farmácia Popular conta com 35 mil pontos de venda. Até 2016, o programa atuou com 520 unidades próprias e 34.695 drogarias e farmácias credenciadas, presentes em 4.282 municípios.

Com informações da Carta Capital e do G1

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