Brasil se aproxima das 230 mil mortes e 11 capitais têm UTIs lotadas

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 9.397.769 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, 57.848 dos casos foram confirmados em 24h

Walber Pinto, da CUT

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 9.397.769 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, 57.848 dos casos foram confirmados em 24h

Foto: Itamar Aguiar/Pálacio Piratini/FotosPublicas

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O Brasil voltou a registrar mais de 1.200 mortes por Covid-19 pelo terceiro dia consecutivo, se aproxima das 230 mil mortes e enfrenta o drama da falta de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para pacientes contaminados com a forma mais grave do novo coronavírus em dezenas de cidades, entre elas onze capitais.

Nesta quinta-feira (4), foram contabilizadas mais 1.291 novas mortes, elevando o total de vidas perdidas para 228.883 desde o início da pandemia, em fevereiro do ano passado.

Apesar do agravamento da pandemia no Brasil, o mês de fevereiro deverá contar com apenas metade dos leitos UTIs exclusivos para tratar pacientes com a Covid-19 financiados pelo Ministério da Saúde, segundo o levantamento feito pelo Conselho Nacional dos Secretários Estaduais da Saúde (Conass).

Onze capitais já vivem o drama da falta de leitos devido ao aumento de internações de pacientes com Covid-19 e estão com mais de 80% das UTIs ocupadas. Estão nesta situação Manaus, Rio de Janeiro, Recife, Curitiba, Ceará, Belo Horizonte, São Paulo, Porto Velho, Brasília, São Luís e Salvador.

Em Manaus, ao contrário do que diz o Ministério da Saúde, o problema não normalizado. A capital do Amazonas, ainda enfrenta a crise com a falta de oxigênio. Cerca de 366 dos 379 leitos de UTI da rede pública estão ocupados, uma taxa de 96%.

A maior lotação é no atendimento ao público adulto. A taxa de ocupação de leitos de UTI para adultos é de 101%: há 285 leitos disponíveis e 288 pacientes estão internados.

Com isso, 1.500 pacientes serão transferidos dos hospitais de Manaus para unidades de saúde de outros estados brasileiros. Mais de 400 pacientes já foram transferidas do Amazonas a outros estados nas últimas semanas em busca de assistência médica. 

O sistema de saúde de Rondônia também enfrenta algo parecido e segue em colapso. Todos os 151 leitos de UTI para tratar a doença da rede pública na capital estão ocupados.

Apesar do número de internações ter diminuído no Rio de Janeiros nos últimos dias, 65% das UTIs públicas estavam cheias no estado, e a média de espera por um leito era de seis horas em média. Na capital, porém, o índice é maior: 87%.

No Nordeste, o Ceará enfrenta um aumento no número de casos da Covid-19 e de hospitalizações e atingiu a marca de 87% dos leitos públicos de UTI ocupados nesta semana.

O estado do Maranhão, que vinha se mantendo estável, a situação da UTI piorou, especialmente nas proximidades da capital. Na grande São Luís, aumentou o total de leitos, de 89 para 111 desde 11 de janeiro, com a ocupação subindo de 66% para 84%.

Em Pernambuco, o número de pacientes permanece muito alto. Nesta segunda-feira (1), havia 832 doentes graves recebendo cuidados intensivos. A taxa de ocupação dos leitos, mesmo com ampliação contínua da oferta, é de 84%. ​

Em Santarém, cidade do Pará, as autoridades começaram a transferir pacientes com Covid-19 de UPAs para hospitais devido ao aumento de internações.

Rio de Janeiro passa São Paulo como cidade com mais mortes

A cidade do Rio de Janeiro passou, nesta quinta-feira (5), o município de São Paulo e é a cidade com o maior número de mortes por Covid-19 no país.

O Rio soma 17.535 óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia. A cidade de São Paulo, por sua vez, tem 17.523. A cidade São Paulo, porém, tem uma população consideravelmente maior do que a fluminense. São mais de 12 milhões de habitantes em São Paulo e mais de 6 milhões de habitantes no Rio.

A taxa de letalidade da Covid-19 na cidade de São Paulo fica em torno de 3,7%, enquanto isso, no município do Rio de Janeiro chega a 9,18%, de acordo com informações das secretarias de saúde.

SP antecipa vacinação de idosos com mais de 90 anos para esta sexta-feira (5)

São Paulo anunciou nesta quinta-feira (4) que antecipará o início da vacinação contra a Covid-19 de idosos com mais de 90 anos para esta sexta-feira (5). Inicialmente, a previsão do governo estadual era de que a vacinação nesta faixa etária começasse em todo o estado apenas na segunda-feira (8).

A antecipação foi possível porque todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital paulista já foram abastecidas com doses suficientes para atender este público.

Nas outras cidades do estado, permanece a previsão de começar a vacinação apenas na segunda (8).

Número de pessoas vacinas no Brasil

 A vacinação contra Covid-19 no Brasil nesta quinta-feira (4) aponta que 26 estados e o Distrito Federal já imunizaram 3.043.108 pessoas, segundo dados divulgados pelo consórcio de imprensa.

Com informações de Agências