Trabalhadores rejeitam proposta da empresa, que retiraria direitos históricos, e querem reabertura da negociação. Sem resposta da Cteep, a decisão soberana das assembleias é começar o plano de luta com mobilização de duas horas nesta segunda. Participe!
Em assembleias realizadas em todas as localidades da Cteep, os trabalhadores tomaram três decisões importantes. Primeiro, rejeitaram, por ampla maioria, a proposta apresentada pela empresa como “final” na terceira rodada de negociação. Em seguida, aprovaram que o Sinergia CUT encaminhasse à Cteep oficialmente um pedido de reabertura da negociação.
Por fim, caso a empresa mantivesse a intransigência de não negociar, aprovaram um Plano de Luta que prevê desde mobilizações até greve por tempo indeterminado. As mobilizações começam com duas horas nesta segunda (22), passam para quatro horas no próximo dia 29 e chegam à greve por tempo indeterminado a partir do dia 5 de agosto.
SÓ PREJUÍZO PARA OS TRABALHADORES
Tudo porque, durante a terceira rodada de negociação, ocorrida no último dia 11, a Cteep surpreendeu as entidades sindicais apresentando o que chamou de “proposta final”. E, em plena vigência do Acordo Coletivo, que vale até 2020, insistiu na retirada de direitos conquistados em anos de lutas, que não dá garantias e que dividiria os trabalhadores em 1ª e 2ª categorias através do “teto” para reajuste de salários e da retirada da Função Acessória, que prejudicaria aproximadamente 40% dos trabalhadores.
Além disso, a Cteep não conseguiu explicar as metas e os indicadores para a PLR, não fez a correção da parcela fixa de R$ 6.300 e queria aumentar a porcentagem da parcela variável 35% para 40%, o que prejudicaria os menores salários de até R$ 5 mil.
Pior: além de não corrigir a inflação, para os baixos salários a PLR 2018 é maior do que a proposta pela empresa para a PLR 2019, com metas estouradas e não factíveis.
SINDICATO INSISTE NA REABERTURA DA MESA
Com a proposta rejeitada pelos trabalhadores, o Sindicato informou à Cteep oficialmente a decisão soberana das assembleias e solicitou a reabertura imediata da mesa de negociação. A carta, de número 0890/19, foi encaminhada à empresa no último dia 17, com prazo de 48 horas para resposta ao Sindicato.
Mas, lamentavelmente, a resposta dos negociadores patronais foi o silêncio, reforçando a postura instransigente da empresa que insiste em reduzir direitos desde o início da negociação. Para a direção do Sindicato, apesar de a proposta ter sido rejeitada pelos trabalhadores, “a Cteep não se manifesta e continua insistindo na prática de sempre querer reduzir acordos que estão dentro da validade, mas agora também com a intenção de trazer a reforma trabalhista para dentro do ACT. Isso é inaceitável. Vamos à luta e ao pré-dissídio”.
SEM NEGOCIAÇÃO, SÓ A LUTA GARANTE!
Diante da recusa da empresa em reabrir negociação, a resposta dos trabalhadores é o Plano de Luta, começando com mobilização de duas horas em todas as localidades ne manhã desta segunda. Para pressionar avanços, sua participação é fundamental! Só a luta te garante!
